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Chuva extrapola 300 mm em 48 horas e inunda fazendas no MT

Além de estradas e pontes destruídas, por cursos d’água que extravasaram, a precipitação caiu de forma torrencial em fazendas com cultura de milho prestes a ser colhida. Apenas em uma propriedade, ao menos 200 hectares de milho foram perdidos. Outras sete grandes fazendas da região também foram afetadas e o replantio está comprometido.



Curvas de nível estouraram, bem como represas, o que criou enxurradas violentas sobre o milho, não sendo possível, nem mesmo a introdução de maquinários agrícolas.


A fazenda pertencente a Presidente do Sindicato Rural de Campo Novo dos Parecis, Giovana Velke, foi gravemente atingida pela chuva que inundou a cidade. A produtora revela que seus 400 hectares de milho foram atingidos pela chuva e que pelo menos metade da produção está perdida. Ainda não foram calculados os prejuízos financeiros.













Segundo o produtora rural, ela ainda irá se reunir com agrônomos para avaliar os prejuízos e calcular o que será necessário para efetuar replantio em pelo menos 200 hectares de sua fazenda. Para Giovana Velke a explicação é simples: nunca se choveu tanto em Campo Novo dos Parecis como neste fim de semana. “Foi algo nunca visto, foi uma chuva 4 vezes maior que o normal”, assevera. A ruralista explica que sua propriedade fica em uma área de baixada, de modo que o sistema de drenagem não foi suficiente para segurar toda a água que escorreu dos bairros às margens da cidade. “Virou um rio”, descreve sua fazenda. A produtora possui seguro rural, mas ainda não sabe se receberá cobertura, pois considera não ser algo tão simples de se obter, ainda que em situações alarmantes como esta. “É muito cedo para falar nos prejuízos”, adiantou Giovana, que calcula que somente dentro de dois ou três meses saberá ao certo o tamanho do prejuízo e o quanto se gastará no replantio. Diante dessa situação em Campo Novo do Parecis, a safra esperada de 30,5 milhões de toneladas de soja pode não se concretizar. O governador do Estado, Pedro Taques e seus secretários chegaram ao município por volta das 10h da manhã de hoje. Eles sobrevoaram a cidade e testemunharam os estragos, depois se reuniram com técnicos para avaliar o investimento necessário para apresentar soluções para o problema. O comandante geral do Corpo de Bombeiros, Coronel Júlio Cesar, também acompanha a comitiva. A Defesa Civil do Estado atua na cidade desde o início do alagamento. Pelo menos mil pessoas ficaram desabrigadas em um bairro no município de Campo Novo do Parecis (à 390 Km da Capital). O alagamento foi ainda mais intenso no bairro Jardim das Palmeiras. As famílias desabrigadas foram encaminhadas para escolas públicas da cidade.

Dados meteorológicos

A estação meteorológica automática mantida pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) no município acumulou nas últimas 96 horas, precipitação de 80 milímetros. O grande diferencial para os alagamentos não foi a intensidade ou o volume, mas sim a persistência da chuva. Das 96 horas, 84 tiveram precipitação. O acumulado mensal chegou a 178 mm.


Já na região das fazendas mais castigadas, o volume de precipitação superou 300 milímetros somente entre sábado e este domingo (12).


As fazendas localizadas no leste de Campo Novo do Parecis, na divisa com o município de São José do Rio Claro registraram os maiores estragos.


Em São José do Rio Claro, outra estação do Inmet acumulou em 48 horas, 154,2 milímetros de precipitação sendo 117,2 mm na primeira chuva, entre a madrugada e manhã e sábado e mais 37 mm na tarde deste domingo.



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