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Demora para novo seguro rural gera preocupação em produtores do Sul

O seguro rural tem sido uma verdadeira “pedra no sapato” de diversos produtores. Um novo modelo vem sendo estudado pelo governo federal desde 2016, mas ainda não saiu do papel – nem deve sair em 2017 -, situação que tem gerado insegurança nos pordutores.



O vice-presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, é produtor rural e está ansioso sobre uma definição. Ele quer que o novo seguro rural seja implementado, tornando-se mais atraente ao produtor. No modelo atual, por exemplo, a instituição cobre apenas parte do financiamento em caso de sinistro e indeniza até R$ 3 mil por hectare.


“Já apresentamos um trabalho na Câmara Setorial Nacional do Arroz, em que levamos alguns exemplos de indenização. Mostramos com exemplo prático que este modelo não serve para o produtor e, consequentemente, não traz segurança para plantar sua lavoura”, afirma Alexandre Velho.


De acordo com o diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Ministério da Agricultura, Vitor Ozaki, o projeto precisa englobar diversos setores do agronegócio.


“O jogo de interesses dificulta bastante a interlocução. A grande dificuldade que nós temos é complexidade das relações entre produtor, revendas, indústria, cooperativas, cerealistas”, diz Ozaki.


Os produtores querem que a contratação fique mais barata, e o governo federal quer garantir isso por meio da divisão do prêmio entre mais um agente da cadeia.


“Uma das premissas desse modelo alternativo é que o produtor pague menos pelo seguro. Então, a gente vai construir todo esse modelo para que o produtor no final ele se beneficie mais do que ele se beneficia hoje ainda. Trazendo mais um agente para essa repartição, então vai haver uma redução de pagamento de prêmio por parte do produtor e por parte do governo”, analisa Ozaki.

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