Geadas causam prejuízos no Paraguai
A frente fria polar que assolou o Paraguai na semana passada provocou geadas que causaram estragos na maior parte dos cultivos de trigo, canola e aveia, além de destruir as plantações hortícolas que estavam fora das estufas. De acordo com a Consultoria Trigo & Farinhas, isso pode zerar a disponibilidade de exportação do país e refletir do preço do cereal de inverno.
De acordo com jornais paraguaios, a região menos afetada foi o sul de Itapúa, onde os trigos ainda não tinham desenvolvido perfilhos ou grãos. Nesta região o cultivo do trigo não estava espigado, portanto a geada não causou danos. No departamento de Alto Paraná, por outro lado, o efeito foi drástico.
“A geada foi muito forte e afetou muitíssimo. O que já era trigo foi perdido. A canola já não existe, a aveia, tampouco. O que era verde, agora é amarelo. Se esta região foi alcançada pela geada significa que quase todo o país foi atingido, porque dificilmente elas chegam aqui”, relataram produtores locais.
Relatório da Consultoria Agridatos informa que os vendedores paraguaios esperam vender seu trigo entre US$ 240/US$ 250 FOB daqui para frente. O maior efeito das geadas e da seca parece ser a redução dramática no volume de exportações.
“Se as perdas ficarem em 30%, por exemplo, o Paraguai só terá trigo para o seu abastecimento interno, deixando os moinhos do Oeste do PR inteiramente desabastecidos pelo menos no que toca ao trigo desta origem (e com as quebras no interior do Paraná, o desabastecimento deverá ser ainda maior”, aponta a T&F.
Concepción
O intenso frio registrado em todo o território do Paraguai ocasionou em grandes perdas a famílias rurais no departamento de Concepción. 90% da produção foi perdida nos distritos de Loreto, Horqueta e na capital do departamento.
A Junta Departamental declarou o estado de emergência agrícola, frutícola, hortícola, produtiva e alimentar por um prazo de 90 dias desde terça-feira.
Representantes de todos os distritos, prefeitos e autoridades do setor produtivo resolveram utilizar os recursos econômicos como forma paliativa para a difícil situação pela qual passam 10.500 famílias do departamento.
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