CNA debate Seguro Rural com entidades na sede da FAEG
O seguro rural foi tema de um debate, na quarta (30), entre representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), agentes financeiros, cooperativas, seguradoras, corretores e sindicatos na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG).
A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e a FAEG representam a CNA na Comissão Consultiva dos Entes Privados do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) do Ministério da Agricultura.
Neste ano, a comissão está realizando reuniões itinerantes pelas principais regiões agrícolas do Brasil para ouvir as demandas em relação às melhorias para o seguro rural.
Vice-presidente Diretor da CNA e presidente da FAEG, José Mário Schreiner, disse ser preciso discutir mais a política agrícola brasileira. “Hoje, o principal instrumento de política agrícola é o crédito rural, que atende em torno de um terço da necessidade de financiamento do setor. Os outros dois terços não têm acesso a nenhum instrumento, estão desassistidos pela política agrícola”.
Segundo Schreiner, “um programa robusto de seguro é o que vai permitir ao produtor se manter na atividade. A área econômica do governo já está mais sensível a essa demanda, mas temos que avançar na discussão”.
O economista da FAEP e presidente da Comissão dos Entes Privados do PSR, Pedro Loyola, disse que "esses encontros possibilitam entender os principais problemas regionais para o desenvolvimento do mercado de seguros rurais e essas demandas são encaminhadas para a CNA, ao Ministério da Agricultura e às Companhias Seguradoras com o objetivo de aperfeiçoar o programa e as condições de cobertura dos seguros agrícolas".
A comissão já esteve no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso. A agenda do ano da comissão prevê ainda reuniões na FAEMG, em Minas Gerais, e na FAMASUL, no Mato Grosso do Sul.
A comissão é formada pela CNA (produtores), OCB (cooperativas), Fenacor (corretores), CNSEG (seguradoras), Fenaber (empresas resseguradoras). O Ministério da Agricultura participa das reuniões apresentando o PSR e os resultados desse programa, que entre 2006 e 2015, teve R$ 2,9 bilhões pagos em indenização pelas companhias seguradoras aos produtores devido às perdas de preço e de produção por intempéries climáticas.
O orçamento do PSR para 2017 é de R$ 400 milhões, mas o governo aplicou apenas R$ 180 milhões. Os produtores estão cobrando do governo a liberação dos R$ 220 milhões faltantes, pois neste momento a contratação de crédito rural está no auge e o seguro rural é uma das garantias solicitadas pelos agentes financeiros.
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