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Com perdas consolidadas, produtores já acionam seguro agrícola no Rio Grande do Sul

As chuvas irregulares já afetaram o potencial produtivo das lavouras de milho da safra de verão no Rio Grande do Sul. Em sua maioria, as plantações do cereal estão na fase de enchimento de grãos, uma das mais importantes no desenvolvimento da cultura. E, em meio as perdas já consolidadas, alguns produtores acionaram o seguro agrícola.


De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) nos últimos 15 dias, até o dia 19 de dezembro, as chuvas acumuladas no estado ficaram próximas de 30 mm. "E com as temperaturas elevadas, a evaporação da água no solo é alta e a transpiração da planta é elevada. Temos uma deficiência hídrica de quase 100 mm e, consequentemente, não deveremos mais alcançar o potencial produtivo esperado", reforça o engenheiro agrônomo da Emater/RS, Cláudio Dóro.


As perdas mais significativas são registradas nas regiões das Missões e de Santa Rosa, responsáveis por 40% da produção de milho no estado. Além disso, a confirmação de La Niña entre os meses de janeiro e fevereiro preocupam os produtores e pode elevar a quebra na produção.


"Tínhamos uma projeção do dia 18 de dezembro até o final do mês de um volume acumulado entre 80 mm e 100 mm. Atualizamos e o volume acumulado é de 25 mm. E o cenário continua em janeiro e fevereiro, então teremos uma safra diminuída de milho", explica Dóro.


Nessa temporada, a perspectiva é de produção próxima de 4,5 milhões de toneladas do grão. O Rio Grande do Sul é o principal produtor de milho na safra de verão. Ainda assim, o volume, se confirmado, será insuficiente para atender a demanda do estado.


"Teremos que trazer milho do Centro-Oeste, Paraguai, Argentina e Uruguai para atender a demanda. E tivemos uma redução expressiva na área semeada no estado, em 2012 plantávamos mais de 1 milhão de hectares e nesta safra a área está ao redor de 731 mil hectares", afirma Dóro.


O engenheiro agrônomo ainda ressalta que o alto custo de produção tem pesado na decisão dos produtores. "Com o custo mais baixo, a soja se torna mais atrativa. E no momento da tomada de decisão nós já tínhamos a configuração de La Niña, o que também influenciou os produtores", completa.



Culturas


O clima adverso também afetado a cultura do feijão no estado. Nesta safra, a área cultivada ficou acima de 1 milhão de hectares e as lavouras estão na fase de enchimento de grãos e maturação.


"Na soja, as plantações estão em fase de desenvolvimento vegetativo e têm suportado bem a estiagem. Porém, também necessitam de chuvas", finaliza o engenheiro agrônomo.



Para mais informações acesse: https://www.noticiasagricolas.com.br/

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