Excesso de chuva no PR dificulta controle da ferrugem e aumenta incerteza sobre potencial produtivo
Safra de soja no Paraná já teve um início conturbado pelo atraso das chuvas e uso de variedades fora do prazo ideal de plantio.
José Eduardo Sismeiro, vice-presidente da Aprosoja PR, conversou com o Notícias Agrícolas nesta terça-feira (2) sobre a situação da soja no estado do Paraná, que passa por problemas em função do excesso de chuvas - foram 20 dias de chuvas seguidos -, uma vez que os produtores não conseguem adentrar os campos para realizar o manejo adequado.
Com isso, a maior preocupação se dá em torno da ferrugem, já que as lavouras estão desprotegidas há um bom tempo. A expectativa é de que, agora, o estado tenha dias sem chuva que irão permitir com que os produtores trabalhem. A recomendação de Sismeiro é que esses dias sejam aproveitados para realizar o controle necessário.
A safra já começou com 20 a 25 dias de atraso, com variedades plantadas que teriam melhor produtividade se colocadas no solo no período correto. O Departamento de Economia Rural (Deral) do estado estima uma safra de 19 milhões de toneladas, mas o vice-presidente aposta que esse número pode cair para 17 milhões de toneladas, embora ainda não seja possível apurar o potencial de perdas.
O Paraná deve começar a colher em 20 de fevereiro. Desde o atraso do plantio da soja, o milho safrinha já está comprometido e os produtores, agora, não sabem nem quando irão conseguir plantá-lo.
A comercialização da soja, por sua vez, está atrasada: diante do atraso no plantio, os produtores ficaram com medo de fazer compromissos. Agora, eles devem segurar diante de qualquer oferta abaixo de R$70.
Em relação à ferrugem, a Aprosoja também conversa com a Bolívia e o Paraguai para que estes países repensem a soja safrinha. A curto prazo, Sismeiro aconselha aplicar os produtos mais eficazes possíveis na parte curativa.
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