CNA participa de seminário sobre desafios para o crédito rural no Brasil
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou na segunda (24) do Seminário Desafios para o Crédito Rural no Brasil, promovido pelo Banco Central, em Brasília.O presidente em exercício da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, Pedro Loyola, foi um dos debatedores do painel “possíveis caminhos de aprimoramento: gestão de risco”, em que abordou a importância do seguro rural.
Para ele, o mercado de seguro no país avançou a partir de 2005 com o programa de subvenção. “As modalidades e produtos de seguro rural se multiplicaram e hoje temos onze companhias atuando no setor agropecuário. Mas ainda não é o suficiente porque o governo não tem feito a sua parte”.
Segundo Loyola, o valor disponível para contratação de apólices está aquém do necessário para atender os produtores. Em 2018, o Ministério da Agricultura disponibilizou apenas R$ 370 milhões para custear parte de aproximadamente 70 mil apólices.
“O seguro rural tem um custo muito alto, diferente de um seguro automotivo, pois temos a questão do clima, da região, do solo e tudo isso faz com que tenha um risco maior e passível de catástrofes. O produtor precisa ser amparado, o Estado tem que participar mais, como já acontece em países com a mesma dimensão e importância da agricultura”.
Durante sua apresentação, o representante da CNA defendeu ainda, mais previsibilidade ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) e menos contingenciamento dos recursos.
“O programa não pode mais ser passível de contingenciamento. Já não temos recursos suficientes para amparar toda a produção brasileira. Se o governo não disponibilizar o valor prometido no início da safra, muitos produtores serão prejudicados”.
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