Projeto Monitor do Seguro Rural irá avaliar grupo de oito frutas
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizará na próxima sexta-feira (07/08), às 15h, uma videoconferência do projeto Monitor do Seguro Rural, dedicada nessa edição ao primeiro grupo de frutas, formado por maçã, pêssego, caqui, nectarina, laranja, maracujá, ameixa e tangerina. O objetivo é avaliar os produtos e serviços ofertados pelas seguradoras e propor aperfeiçoamentos nos seguros agrícolas dessas atividades.
O trabalho é coordenado pelo Departamento de Gestão de Riscos do Mapa e terá a participação de produtores com o apoio das entidades representativas dos produtores rurais e de suas cooperativas, associações, revendas de insumos, companhias seguradoras, empresas resseguradoras, corretores, peritos e instituições financeiras. No cronograma de setembro do projeto está previsto outro grupo de frutas.
O seguro agrícola para frutas é ofertado por seis companhias de seguro habilitadas no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) em praticamente todas as regiões produtoras, com maior destaque para Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Paraná, seguidos por Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Goiás e Espírito Santo.
Em 2019, a categoria frutas utilizou quase R$ 54 milhões em subvenção, representando 12,6% do total do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Com esse apoio do governo federal foi possível dar cobertura para 12.388 apólices de uma área de 74 mil hectares com capitais segurados de R$ 1,6 bilhão para 24 frutas em todo o território nacional. Os destaques foram a uva, que lidera o ranking de contratações de seguro de frutas no Brasil, com 8.958 apólices numa área de mais de 50 mil hectares, seguida pela maçã, pêssego, caqui, ameixa e demais frutas.
Segundo o Secretário de Política Agrícola, César Halum, pela diversidade da produção de fruticultura no país, os produtores beneficiados no programa contratam seguro em quase todo o ano. “Ainda temos mais três meses de contratação de seguro para frutas e a expectativa é de aumento de pelo menos 20% a 30% em relação ao ano de 2019”, explica.
Depois de grãos, o seguro agrícola de frutas é a que mais têm crescido nos últimos anos no Brasil. Alguns estados como São Paulo e Paraná, têm apoiado os produtores com programas estaduais de subvenção ao prêmio que complementam o PSR. “Os produtores estão percebendo cada vez mais que a atividade agrícola precisa de mitigadores de risco climático. No caso de São Paulo também há alguns municípios que apoiam financeiramente o produtor para auxiliar na contratação das apólices, o que ajuda na disseminação da cultura do seguro rural”, finaliza.
Moisés Lopes de Albuquerque, Diretor Executivo da Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM), afirma que o PSR proporciona o principal instrumento utilizado pela cultura da maçã em relação à mitigação dos prejuízos associados às perdas climáticas. No ano de 2019 a cultura teve uma área coberta próxima de 15 mil ha, ou seja, mais de 50% da área em efetiva produção. “A despeito de ser expressiva tal participação é imperioso que avancemos ainda mais. Neste sentido estamos ansiosos pela rodada do Monitor do Seguro Rural de frutas. O encontro será uma oportunidade ímpar para construir uma agenda positiva para ampliarmos a área segurada do setor da maçã”.
O cronograma de eventos por vídeo conferência do Monitor, que começou em julho desse ano e se estende até final de 2022, tem a finalidade de identificar e propor melhorias nos serviços de seguro para mais de 60 atividades de grãos, frutas, olerícolas, pecuária, florestas, aquícola, café e outras culturas. O monitor é uma oportunidade para os produtores e para as cooperativas, com as suas entidades representativas, construírem soluções em conjunto com as seguradoras e o apoio do Mapa.
Banana e trigo
Nos dias 17 e 24 de julho, foram realizadas videoconferências do monitor de seguro rural de banana e trigo, respectivamente, que contou com 70 participantes, em cada encontro, entre produtores e representantes de associações, federações e entidades nacionais, que estão preparando um documento com propostas de aperfeiçoamentos para o seguro rural dessas atividades.
“As dinâmicas estabelecidas no Monitor de Seguros promovido pelo MAPA têm sido muitos importantes para a cadeia de seguros agrícolas. O monitor de trigo, foi muito interessante para debatemos a cobertura de qualidade, que é uma grande demanda do setor produtivo e que o mercado segurador precisa desenvolver”, avalia Glaucio Toyama, diretor de Subscrição Agro da Swiss Re, uma das companhias seguradoras que participou da reunião de trigo.
Para mais informações/notícia completa acesse: https://www.gov.br/agricultura