NOAA atualiza para 90% as chances de La Niña durante o Verão do Brasil
A Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA) elevou para 90% a chances da atuação do fenômeno La Niña durante a safra de Verão do Brasil. A atualização foi divulgada por volta das 11h20 (horário de Brasília) desta quinta-feira (11).
"É provável que o La Niña continue durante o inverno (verão no Brasil) de 2021-22 no Hemisfério Norte com 90% de chance e na primavera (outono no Brasil )de 2022 com 50%", afirma a previsão. No mês passado, o NOAA indicava 87% de chance.
Ainda de acordo com a publicação, durante o último mês o La Niña ganhou força, com temperaturas da superfície do mar abaixo da média. O NOAA prevê ainda que com as condições atuais, a tendência é de que o La Niña tenha força moderada neste ano. " O consenso da previsão prevê que o La Niña persista por mais tempo, potencialmente retornando ao ENSO-neutro durante abril-junho de 2022", acrescenta.
Caso se confirme, o La Niña poderá influenciar or egime de chuvas no Sul do Brasil pelo segundo consecutivo. A ocorrência de um La Niña preocupa todo o setor produtivo do país, sobretudo no Centro-Sul do Brasil que sente os impactos da seca prolongada há dois anos. As chuvas retornaram em boa parte do país nas últimas semanas, mas o cenário segue sendo de alerta.
Segundo os dados da Geosy Brasil, o cenário é ainda mais preocupante no Rio Grande do Sul, que segundo a consultoria já apresenta condições do solo abaixo do ideal, impactando a continuidade da safra de soja 2021/22 e o desenvolvimento das lavouras já semeadas.
De acordo com a MetSul, os efeitos do La Niña já são observados no estado gaúco. A consultoria MetSul destacou em análise, divulgada também nesta quinta, que a chuva já tem sido escassa ou com baixos volumes em grande parte do estado. "Tal cenário não deve se alterar nas próximas semanas com a tendência de a chuva se manter abaixo da média em território gaúcho. O cenário representa risco par ao milho que pode sofrer com escassez de água e o calor entre os meses de dezembro e janeiro", afirma.
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