SC: safra de feijão sofre com estiagem
Em Santa Catarina, até a última semana de fevereiro, cerca de 70% da área destinada ao plantio da safra 2021/22 de feijão 1ª safra já havia sido colhida. As estimativas iniciais para a safra 2020/21 de feijão 1ª safra eram muito boas. Em agosto de 2021, os bons preços praticados durante o ano, bem como a necessidade de promover a rotação de culturas nas áreas de lavouras, motivou produtores a aumentar suas áreas de plantio de feijão, contudo a estiagem frustrou as expectativas.
Considerando as variações da expectativa de produção entre agosto/2021 e fevereiro/2022, as perdas na cultura poderão chegar a 31,5%, passando de uma estimativa inicial de 68,4 mil toneladas, para atuais 46,8 mil toneladas. Os dados foram divulgados pelo Boletim Agropecuário da Epagri/Cepa.
Na comparação da safra atual com a safra passada, a redução deve ser de 18% na produtividade média e de 17% na produção. A safra anterior (2020/21), foi igualmente atingida por estiagem prolongada, fator climático que naquele ano comprometeu a produção estadual de feijão 1ª.
Em Santa Catarina, a safra de feijão (total) é composta por duas safras. A safra de feijão 1ª, chamada de safra das águas, representa cerca de 60% da produção e a safra de feijão 2ª, também chamada de safra da seca, responde por 40% da produção total estadual. Dois tipos de feijões predominam os cultivos catarinenses: o feijão-preto e o feijão-carioca.
Considerando a soma das safras de feijão 1ª e 2ª, o feijãopreto é cultivado em 63% da área plantada estadual, respondendo por 62% da produção; já o feijão-carioca é plantado em 37% da área, e contribui com 38% da produção estadual. O plantio da segunda safra de feijão catarinense teve início em janeiro, com maior concentração de semeadura partir de fevereiro. Até a última semana de fevereiro, em todo estado, aproximadamente 62% da área destinada ao plantio com feijão 2ª safra já havia sido semeada.
A estimativa inicial para a segunda safra de feijão, indica que deve ter uma redução de 5% na área destinada ao plantio. Contudo, técnicos e produtores avaliam que a produtividade deverá ser superior à obtida na safra passada, na ordem de 31%. Se ao longo da safra essas estimativas se confirmarem, e não houver interferência prejudicial por parte do clima, deveremos chegar ao final da safra com uma produção 24% superior a alcançada na safra passada.
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